Nesta sexta-feira, milhões de cristãos ao redor do mundo celebram a Sexta-feira Santa, uma das datas mais importantes do calendário religioso. Marcando o dia da morte de Jesus Cristo na cruz, a data é dedicada à reflexão, à oração e ao silêncio, simbolizando o sofrimento e o sacrifício de Cristo pela salvação da humanidade.
A Sexta-feira Santa ocorre sempre dois dias antes do Domingo de Páscoa e encerra o chamado Tríduo Pascal, que teve início na Quinta-feira Santa com a celebração da Última Ceia. É um momento solene, em que os fiéis são convidados a reviver os últimos passos de Jesus, desde sua prisão no Getsêmani até sua crucificação no Calvário.
Em muitas igrejas, a data é marcada pela “Celebração da Paixão do Senhor”, um ritual sem missa, que inclui leituras bíblicas, adoração da cruz e comunhão. O altar permanece sem adornos, em sinal de luto, e os sinos permanecem em silêncio. Muitas comunidades também realizam a tradicional encenação da Via-Sacra, relembrando as 14 estações do caminho de Jesus até o local de sua crucificação.
Além do caráter litúrgico, a Sexta-feira Santa é um dia de jejum e abstinência de carne para muitos católicos, como forma de penitência. É um tempo para olhar para dentro de si, refletir sobre a vida, os valores e o significado do amor e do perdão.
Apesar de ser um feriado religioso, a data é reconhecida oficialmente em diversos países, inclusive no Brasil, onde é feriado nacional. Muitas cidades aproveitam para realizar eventos religiosos e culturais, como procissões e espetáculos teatrais.
Mais do que apenas um feriado, a Sexta-feira Santa representa um convite à espiritualidade e à esperança, lembrando que, mesmo diante da dor e da morte, há a promessa da ressurreição — celebrada no Domingo de Páscoa.